Tabela de IR sobre investimentos: o que você precisa saber?

Entenda o que é a tabela de IR sobre investimentos e como ela impacta na rentabilidade das suas aplicações.

Você já ouviu falar sobre a tabela de IR sobre investimentos? Esse é um assunto que preocupa muitos investidores, pois estamos falando sobre a tributação de seus investimentos – o que afeta a rentabilidade obtida.

A compreensão de como os impostos incidem as aplicações e rendimentos é essencial para qualquer investidor. É somente assim que se torna possível planejar as melhores estratégias para maximizar o rendimento. Por isso, a tabela de IR sobre investimentos ganha destaque.

A tabela representa justamente o valor de impostos que devem ser pagas sobre os investimentos de renda fixa. Mas como funciona a tabela de IR sobre investimentos? Confira logo a seguir!

Como funciona a renda fixa?

Antes de entrarmos na tabela de IR sobre investimentos, vamos entender melhor como funcionam as aplicações em renda fixa. Afinal, isso possui uma relação direta com a cobrança de impostos sobre os ganhos obtidos.

De forma bem simples, os investimentos em renda fixa são conhecidos pela sua previsibilidade. Os investidores possuem uma boa noção da rentabilidade que pode ser obtida e quando devem resgatar a aplicação.

Na prática, isso ocorre porque o investimento em renda fixa se trata de um “empréstimo” feito pelo investidor. Em troca, ele recebe o valor aplicado com acréscimos de juros, que são a remuneração pelo tempo em que o recurso ficou emprestado. As condições dessa transação – como prazos, taxas, índices de referência e detalhes quanto à negociação dos papéis – são acertadas desde o início.

Investimentos desse tipo podem ter diferentes opções de liquidez, permitindo o resgate a qualquer momento, quando ela é diária, ou disponibilizando o saque do dinheiro somente em uma data estipulada, o que é chamado de liquidez no vencimento. Além disso, há três formas distintas de definir os rendimentos de investimentos desse tipo:

  • Juros pós-fixados. São os investimentos que acompanham as taxas de juros praticadas no período.
  • Juros prefixados. Esses investimentos pagam uma taxa de juros predefinida no momento da aplicação – sem a existência de oscilações por causa de nenhum indicador.
  • Atrelado à inflação. Por fim, existe um terceiro tipo de investimento que é uma mistura dos dois anteriores. A aplicação pode ser indexada em algum índice que compense a alta dos preços no período mais uma taxa de juros fixa, que garanta um ganho real.

A tributação e a tabela de IR sobre investimentos

Acabamos de ver como funcionam os investimentos em renda fixa. Mas onde entra a tabela de IR sobre investimentos?

A primeira coisa que você deve saber é que os investimentos de renda fixa sofrem incidência de dois impostos: o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR (Imposto de Renda).

Não há nenhuma cobrança durante o período em que o dinheiro fica investido – apenas no momento do resgate, em que a tributação é retida na fonte. Aí você pode se perguntar: qual é o valor pago de impostos? É neste momento que entra a tabela de IR sobre investimentos.

Tanto o IOF como o IR possuem tabelas regressivas. Ou seja, quanto maior for o prazo de resgate, menor o imposto devido.

Tabela de Imposto de Renda

Veja quais são as alíquotas aplicadas para investimentos como CDB (Certificado de Depósito Bancário), RDB (Recibo de Depósito Bancário), LC (Letra de Câmbio), LF (Letra Financeira), Debêntures comuns e Tesouro Direto (Títulos Públicos Federais):

  • Até 180 dias de investimento, 22,5%;
  • De 181 a 360 dias de investimento, 20%;
  • De 361 a 720 dias de investimento, 17,5%;
  • Acima de 720 dias, 15%.

É importante destacar que a alíquota é aplicada sobre o valor da rentabilidade do período, e não sobre o total do volume aplicado. Ou seja, um investimento de R$ 1.000 em renda fixa que gera uma rentabilidade de R$ 150 em 365 dias gera um IR devido de R$ 26,26 (R$ 150 * 17,5%).

Tabela de IOF

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incide sobre aplicações com resgate antes do 30º dia de investimento. Ou seja, os investidores que fazem o resgate entre o 1º e o 29 º dia de investimento devem arcar com os custos desse imposto, além do IR.

Assim como o Imposto de Renda, o IOF segue a lógica de redução da alíquota conforme o prazo de resgate. Veja a tabela das alíquotas do IOF:

ABCDEF
1
Dias corridosIOFDias corridosIOFDias corridosIOF
2
196,00%1163,00%2130,00%
3
293,00%1260,00%2236,00%
4
390,00%1356,00%2323,00%
5
486,00%1453,00%2420,00%
6
583,00%1550,00%2516,00%
7
680,00%1646,00%2613,00%
8
776,00%1743,00%2710,00%
9
873,00%1840,00%286,00%
10
970,00%1936,00%293,00%
11
1066,00%2033,00%300,00%

Tributação nos fundos de previdência privada

Nos fundos de previdência também é aplicada a lógica da tabela regressiva. Porém, as alíquotas e prazos de aplicação são diferentes. No caso da previdência privada, as alíquotas do IR iniciam em 35% e reduzem 5 pontos percentuais a cada dois anos, até chegar a 10%.

Confira as alíquotas da tabela regressiva nos fundos de previdência privada:

Prazo da aplicação

Alíquota IR

Até 2 anos

35,00%

De 2 a 4 anos

30,00%

De 4 a 6 anos

25,00%

De 6 a 8 anos

20,00%

De 8 a 10 anos

15,00%

Acima de 10 anos

10,00%

Investimentos isentos de IR

Por fim, também é importante saber que existem alguns investimentos de renda fixa que estão isentos de Imposto de Renda. Veja quais são os principais deles:

  • Caderneta de poupança;
  • LCI (Letra de Crédito Imobiliário);
  • LCA (Letra de Crédito do Agronegócio);
  • Debêntures incentivadas;
  • CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários);
  • CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio).

Você já sabia como funciona a tabela de IR sobre investimentos? Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Deixe o seu comentário!

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